Viajando: as perícias realmente importam?

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Nos jogo que narro, em geral, as perícias fazem parte da árvore de talentos das classes e podem ou não ser usadas de acordo com a vontade do mestre ou do jogador, inclusive, mesmo as habilidades que apresentariam as perícias como um pré-requisito podem ser compradas ignorando este ponto em específico. Assim, elas não são parte essencial da mecânica, apesar de acrescentarem um gostinho a mais. 

Aqui nesse artigo, vou refletir sobre até onde a perícia é relevante para jogos de RPG e como abandonar o peso de suas mecânicas matemáticas sem abandoná-las por completo.

As perícias sempre dividiram opiniões dos fãs de RPG. Jogos de fantasia medieval que tenham como inspiração o movimento old school geralmente não as usam, mas outros costumam usá-las como ferramentas de  de customização mais ou menos complexa dos personagens, causando assim mais ou menos trabalho para mestres e jogadores e inserindo camadas que podem (ou não) se tornar supérfluas no decorrer das sessões do jogo.

Então, no fim das contas, por qual razão as perícias são importantes?

Essa pergunta não têm uma resposta fácil. Mas, de maneira grosseira um bom primeiro passo é o princípio da diversão, ou seja, se algo é divertido em seu jogo então esse algo é importante. Assim, se o seu grupo se diverte mais usando perícias, as use e não pense duas vezes, mas se não é o caso, abandone-as e lembre-se que ao menos na maioria dos jogos os atributos as substituirão de maneira satisfatória na hora dos testes.

Eu amo perícias, eu sei que elas dão trabalho, mas não quero abandoná-las, o que faço?

Se você gosta muito de algo e está tendo problemas com aquilo o jeito é dar uma adaptada levando em consideração algumas particularidades do grupo e do jogo, as perícias, portanto, não são exceção a essa regra. Logo abaixo, segue três sugestões de como manter o uso das perícias, mas minimizando ao máximo todo o peso mecânico e matemático que elas venham a possuir.

1) Perícias como Indicadores de Vantagens

Um bom uso para perícias é torná-las uma  especialização e com isso utilizar da mecânica de vantagem inaugurada na 5ª ed. do D&D, assim um personagem que tivesse por exemplo acrobacia como perícia receberia mais um dado de vantagem em seu teste de atributo em uma circunstância onde a perícia geralmente seria aplicada ficando com o maior valor para o teste.

2) Perícias como Aspectos Bonificadores

Parecida com a mecânica apresentada acima, tomar as perícias como aspectos bonificadores permite ao personagem acrescentar um pequeno bônus ao seu teste atributo quando a circunstância permitir a aplicação da perícia, assim no caso de um jogador ter que fazer um teste de destreza para saltar, ele receberia uma pequena bonificação, pois seu personagem possui a perícia acrobacia.

3) Perícias como Indicadores Qualitativos

Perícias também podem servir como indicadores qualitativos e "comprar" sucessos automáticos em determinados testes onde elas seriam geralmente aplicadas. Estabeleça uma escala de qualidade paralela a escala de dificuldade dos testes, ao estabelecer um teste para um jogador, pergunte se ele possui alguma perícia aplicável e compare o nível qualitativo dela com a dificuldade, caso seja igual ou maior, o personagem acerta automaticamente, caso seja menor, ele faz o teste e se falhar dentro de um grau de diferença encare o teste como bem sucedido.

Por hoje é só, até a próxima  e não esqueça de comentar!

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