Um velho plano: Rpg de Vigilantes

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Uma proposta de RPG para ser debatida, ou no mínimo testada.  Vou começar esse post fazendo uma charada: o que Robin, Arqueiro Verde, Batman, Capuz Vermelho, Justiceiro, Shang-Chi (o mestre do Kung Fu, herói classe C da Marvel), Elektra, Cavaleiro da Lua, Kick -Ass, Big Daddy e Hit-Girl têm em comum?
Pense um pouco. Além do óbvio, de serem todos personagens dos quadrinhos, alguns dos quais gosto muito, o que mais eles têm em comum? Super Poderes = zero.

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Lembra quando só um cara desse elenco era um super herói ? Bons tempos... 

São personagens que representam um conceito chamado Pico da Condição Física Humana: todos eles estão em uma condição física superior para um ser humano comum da mesma idade.

Outro item em comum é que todos, a seu modo, são combatentes do crime.  Existe algo de realmente fascinante em super heróis que não tem superpoderes. O poder deles vem muito mais de suas determinações e habilidades desenvolvidas do que de seus gadgets: embora o Batman tenha o cinto de utilidades, não é seu cinto ou seus Bat-Automóveis que fazem dele um herói. Sem o cinto o Batman pode dar conta de dez bandidos sem muitos problemas. 

Outro ponto interessante do conceito do vigilante é a mortalidade envolvida. Um bom tiro no peito pode ser a morte instantânea, ou pelo menos alguns meses de molho na sua “vigilante-caverna-esconderijo-secreto”. Eles estão muito mais próximos da humanidade e seus problemas mais escorchantes do que qualquer um.

Ok, o Super Homem pode deter um meteoro que destruiria a terra e o Quarteto Fantástico pode impedir que o Dr. Destino viaje no tempo e conquiste o mundo, mas é gente como o Cavaleiro da Lua e o Arqueiro Verde que vão lidar com traficantes de drogas, assaltantes de banco e pistoleiros contratados para dar fim a pessoas indesejáveis. É um perigo muito mais palpável para nós, e que podem render boas histórias. 

Outro ponto digno de nota é a vida dupla que a maioria deve seguir. Manter as aparências, os relacionamentos com amigos e famílias, o emprego formal podem ser desafios tão grandes quanto uma gangue de rua que de repente tem acesso a equipamento militar de alto nível. Como explicar a eles seus machucados frequentes? Qual desculpa você vai dar para não ir para a festa de noivado de seu melhor amigo (você não pode contar que levou um tiro no bucho e está na sua “vigilante-caverna-esconderijo-secreto”, lembra?). A menos que você seja o Justiceiro e tenha "morrido" para todos os seus amigos e familiares próximos. Mas aí, que graça teria um grupo todo de personagens assim?

"Mas como isso iria funcionar, se os sistemas de RPGs só ajudam a criar personagens poderosos?"Você pode se perguntar. E eu lhes respondo "Muito pelo contrário, novato!"

A maioria dos rpgs disponíveis hoje em dia apresenta suporte para esse tipo de campanha.. Um mortal em Vampiro: A Máscara, montado com o suplemento de Caçadores Caçados, um herói de 101 pontos em Daemon, um vigilante N.P 08 (ou menos!) em Mutantes e Malfeitores, todos eles podem servir para pano de fundo pra esse tipo de campanha.

Sem misticismo. Sem correr mais rápido que uma locomotiva. Sem anéis da tropa dos lanternas. Sem soro do supersoldado. Sem armaduras de combate supertecnológicas.  

Penso em escrever um mini-cenário sobre isso. Descritivo, apenas, para que você possa usar suas idéias na sua própria mesa e sistema de vigilantes sem precisar se preocupar em adaptar nada. O que vocês acham da ideia?

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