Oi, leitores. Lembra quando eu falei naquela postagem sobre o por quê dos meus atrasos pra postar coisas novas no blog,pedindo desculpas, e trazendo algumas avisos do que viria de novo por aqui? Pois numa delas eu falei sobre um colega Rpgista o qual tive o prazer de conhecer e que quando soube desse humilde blog, me revelou o desejo de postar velhos textos, falando sobre nosso nobre hobby.
E agora trago a vocês a primeira colaboração das muitas que virão (espero)! Apresento o Mestre dos Reinos Perdidos de Faerûm, Mario Jorge Bonfim, e seu texto defendendo o uso dos clichês no RPG e a sua importância para ele!*
A importância do clichê para o RPG
Mario
Jorge Bomfim
"Clichê, sim. E daí?"
Assim respondi quando fui arguido por um mestre ao apresentar meu anão
guerreiro, apaixonado por bebidas fortes, brigas em taverna e usando um machado
"Gmili style" (Lord of the rings) . Causou espanto o fato de um
jogador com algum tempo de experiência e mestre de diversas campanhas
(concluídas ou em andamento) como eu, apresentar algo tão... simplório.
Entretanto, deslocando um pouco o
centro desta conversa, vejo novos jogadores de RPG torcendo a cara quando
apresento um "Paladino heroico, montado em seu cavalo branco" ou um
"Mago de muita idade, ranzinza e avarento", isto porque, no bojo das
novas transformações sociais, "eles esperam algo novo". Mas a minha
pergunta é o seguinte: como se pede o novo se nem ainda aprendeu o antigo?
A
verdade é que a permanência dos clichês é um elemento didático importante, que
ajuda a qualquer um, principalmente os mais novos, a criarem uma imagem do
cenário e do personagem em questão. Soma-se a este fato, o momento mágico de
quando os jogadores relacionam uma parte do jogo com algo que já tenham visto
ou lido em algum lugar. Sem os clichês, este momento seria obrigatoriamente
extinto. Quem não se lembraria de Aragorn quando o Ranger do grupo rastreasse
os sinais e marcas de um combate que aconteceu naquele lugar, dias atrás?
Enfim, como mestre sempre estimulei
os meus jogadores a terem a famosa liberdade criativa, porém, sempre indiquei
que raças e classes tem alguns elementos que os tornavam coerentes
e que os caracterizavam. A manutenção destes elementos contribuem para a
formação do imaginário coletivo do jogo.
*As opiniões expressas por Mário ou quaisquer outros que venham postar seus textos aqui são de inteira responsabilidade deles.
*As opiniões expressas por Mário ou quaisquer outros que venham postar seus textos aqui são de inteira responsabilidade deles.
Em breve terão mais contribuições.
ResponderExcluirTambém sou a favor dos clichês, afinal é super empolgante estar no meio de um combate entre os mortais e ver a mesma batalha nos céus entre os deuses rivais ou ouvir uma mensagem misteriosa de algum "Mestre dos Magos" da campanha. Os clichês devem ser usados no momento certo para poder causar um efeito positivo. A maioria dos jogadores gosta de se sentir parte de algo maior através dos seus personagens criados com tanto carinho, portanto criar pontos de reconhecimento na história vivida é essencial para a diversão!
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